São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Justiça decreta a prisão de diretores da Golden Cross

Empresa é acusada de descumprir reajuste fixado em liminar

DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça determinou anteontem a prisão dos diretores da Golden Cross por descumprimento da liminar que determina o reajuste das mensalidades em 18,22%.
A medida suspendendo o aumento de 39,26% foi obtida pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) há 50 dias.
A Golden Cross informou em um comunicado que "não descumpriu a determinação legal referente ao índice de 18,22%".
A empresa afirmou ter expedido, entre os dias 18 a 20 de julho, carnês aos associados de São Paulo que tiveram reajustes nos meses de maio a agosto de acordo com o índice fixado pela Justiça.
"Até agora a empresa não comprovou no processo que ela está cumprindo a liminar. Se ela tivesse enviado os novos carnês, o juiz não teria decretado a prisão. Hoje (ontem) ainda recebemos reclamações contra a empresa", diz Josué Rios, advogado do Idec.
Rios afirma que uma ação civil pública é válida para todo o país. "Eles dizem ter enviado boletos só aos associados em São Paulo."
O processo está tramitando na 27ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo. O juiz substituto da 27ª, Márcio Antônio Botto Muscari, que determinou a prisão por 30 dias, afirma que "essa é a única medida capaz de influenciar os diretores da Golden Cross".
O diretor-presidente da empresa é Paulo César Carvalho da Silva Afonso e o diretor administrativo é Fernando Rodrigues dos Santos.
O juiz afirmou ainda que "o tempo transcorrido é suficiente para que a empresa substitua os carnês de cobrança.".
A Justiça do Rio (sede da empresa) é quem irá executar o pedido de prisão.

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