São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Nem três volantes páram Nigéria

MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES
DOS ENVIADOS A ATHENS

A seleção brasileira, atuando com três volantes, deixou a Nigéria dominar a partida em vários momentos ontem em Athens.
No primeiro tempo, Flávio Conceição abriu o placar logo a 1min, numa cobrança de falta de Flávio Conceição. A bola bateu na barreira e enganou o goleiro Dosu.
Perdendo, os nigerianos foram à frente, dominaram os brasileiros e começaram a criar e perder chances. O meia Okocha, a "arma letal" do técnico Jo Bonfrère, e o meia Banagida chutaram três bolas para fora, até os 17min.
Aos 18min, Babayaro recebeu na esquerda, driblou Zé Maria e chutou. A bola iria fora, mas Roberto Carlos tocou nela e empatou.
Mesmo com o empate, o Brasil vivia de contra-ataques. Aos 26min, após Babangida vencer de novo a defesa brasileira e errar o chute, Ronaldinho recebeu lançamento da defesa, venceu a marcação e chutou. Dosu espalmou nos pés de Bebeto, que fez 2 a 1.
Esse gol quebrou o ritmo dos nigerianos e permitiu aos brasileiros evoluir. Aos 36min, Juninho, com um passe de peito, deixou Flávio Conceição livre para fazer 3 x 1.
No segundo tempo, o Brasil começou dominando, desperdiçando dois gols certos em quatro minutos.
Mas os nigerianos logo voltaram a dominar, embora sem a mesma velocidade do primeiro temo.
Aos 17min, o juiz espanhol marcou pênalti de Flávio Conceição em Kanu. Okocha bateu e Dida defendeu, repetindo o feito de Taffarel nos Jogos Olímpicos de 1988 -quando defendeu três pênaltis, contra a Alemanha na semifinal.
No minuto seguinte, a Nigéria pressionou, mas Babangida voltou a chutar para fora.
Aos 31min, Rivaldo, que havia entrado em lugar de Bebeto, perdeu a bola no meio-campo. No contra-ataque, Ikpeba, outro reserva, emendou da entrada da área: 2 x 3.
Aos 44min, Kanu recebeu livre na pequena área, driblou Dida e empatou.
Na prorrogação, Kanu voltou a marcar. Aos 3min, ficou com a bola na entrada da área e chutou sem chances para o goleiro Dida.
Como o sistema de "morte súbita" é adotado na Olimpíada, o gol determinou o final da partida e a desclassificação brasileira.
(MARCELO DAMATO e MÁRIO MAGALHÃES)

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