São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Hospital adia para hoje alta de Fittipaldi

Piloto caminha e faz exercícios

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

O brasileiro Emerson Fittipaldi deixa hoje o hospital Jackson Memorial, em Miami (EUA), onde se recupera de cirurgia na coluna.
O piloto, que se acidentou na segunda volta das 500 Milhas de Michigan, no domingo, fez uma série de exames ontem e passa bem.
Na colisão, Fittipaldi sofreu esmagamento da sétima vértebra (cervical), a qual foi reconstituída em operação realizada na noite de segunda-feira. A cirurgia foi bem-sucedida e o brasileiro não terá sequelas.
O hospital optou por dar alta hoje a Emerson -e não ontem- por precaução. O piloto passou o dia inteiro ouvindo recomendações dos médicos, que lhe ensinaram exercícios de fisioterapia para prática diária.
Fez, ainda, exercícios de reabilitação e caminhou pelo quarto.
Corridas
A partir de hoje, Fittipaldi poderá levar uma vida normal, com algumas restrições. A principal delas é o impedimento de voltar a competir por, no mínimo, três meses.
Durante esse período, ele deverá usar permanentemente uma "pescoceira". Seguirá uma dieta leve e terá de reeducar sua postura, aprendendo a andar e sentar da maneira que menos force a coluna.
Segundo a assessoria do piloto, Emerson estava de bom humor, mas agitado e ansioso para voltar para casa. O brasileiro gravou um depoimento para a televisão e, hoje pela manhã, deve dar uma entrevista coletiva.
Conselhos
O piloto Juan Manuel Fangio 2º, que compete na Indy, visitou Fittipaldi no hospital.
Mas a visita que mais o empolgou foi a do ex-piloto e atual consultor-técnico da Penske Rick Mears, de quem ouviu conselhos para o período de recuperação.
O norte-americano, conhecido por ser um especialista em circuitos ovais, também é um veterano em acidentes. No último deles, em 92, contundiu o punho.
Pressionado, especialmente pela mulher, deixou a carreira de piloto e passou a consultor.
O futuro de Emerson Fittipaldi pode ser parecido, já que a família dele é contra um retorno às pistas. Mas, se quiser -foi liberado pelos médicos-, o brasileiro pode voltar a correr no ano que vem.
(MT)

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