São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Tucanos são alvo do sociólogo

DA REDAÇÃO

Alain Touraine, 70, já foi mais comedido nas críticas ao PSDB. À Folha, em maio de 95, o sociólogo disse que o partido é uma "grande desordem, incapaz de governar". Segundo ele, essa circunstância torna o governo FHC "frágil".
Sobre as relações do presidente com a oligarquia paulista, Touraine identificou a eleição de FHC como sendo "a chegada de São Paulo ao poder".
Cinco meses mais tarde, em outubro de 95, Touraine diagnosticava, em artigo na Folha, os primeiros sinais de reticência dessa oligarquia em relação ao presidente.
"O meio empresarial paulista, assustado com a queda das reservas (...), mantém-se um tanto retraído, em contraste com seu apoio caloroso dado à candidatura de Fernando Henrique Cardoso."
Amizade
Touraine é amigo de FHC desde quando levou o "jovem professor brilhante" -como definiu o brasileiro no final dos anos 50- para lecionar na Universidade de Nanterre (Paris), em 1967.
Diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris, e um dos maiores nomes do pensamento europeu, Touraine nunca escondeu sua admiração por FHC.
Em encontro com intelectuais em Paris, em maio, definiu o presidente como "o maior sociólogo da América Latina". FHC é também, na opinião de Touraine, a única saída para o Brasil. "Afora ele, não há nenhuma solução possível", disse à Folha em 95.

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