São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996![]() |
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Acusados de matar professor são presos
DA REPORTAGEM LOCAL A polícia prendeu dois acusados de matar o engenheiro mecânico Marcelo Saad Malke, 27, em um assalto na avenida Indianópolis, no Campo Belo (zona sul de São Paulo). O crime aconteceu no último dia 17 de maio.Malke era professor da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e foi morto com dois tiros quando tentava impedir que sua mãe fosse feita refém por dois ladrões. Os assaltantes estavam roubando o Monza da dona-de-casa Neide Saad Malke, 50. Francisco Alves Benício, 32, e Marco Aurélio Gaede Mirakawa, 29, confessaram o crime. "Atirei porque ele (o engenheiro) reagiu", disse Benício. Um terceiro acusado está foragido. Segundo o delegado Francisco Basile, diretor da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, Cristovam Joaques Souza Ferraz, 25, dirigia o carro usado pelos ladrões no roubo. Os três estavam passando pela avenida Indianópolis, segundo o delegado, quando viram a dona-de-casa retirando o Monza da garagem. Os acusados teriam parado na esquina seguinte. Benício e Mirakawa teriam descido do carro e ido em direção a casa dos Malke. Quando renderam a dona-de-casa, o filho ouviu os gritos dos assaltantes e saiu do sobrado para tentar impedir que a mãe fosse levada como refém. "Ela (Neide) estava se recuperando de uma cirurgia. Por isso, a reação do filho", disse o delegado. O engenheiro agarrou um dos assaltantes, que disparou um tiro. Mesmo ferido, tentou agarrá-lo novamente, e houve novo disparo. Em seguida, os assassinos fugiram levando a dona-de-casa. Neide foi abandonada no Morumbi (zona oeste). "Nós queríamos o carro para ficar com o motor", afirmou Benício. De acordo com ele, após a retirada do motor, a carcaça foi queimada. A polícia descobriu os acusados após fazer o retrato falado dos suspeitos. Pouco depois, uma testemunha reconheceu os dois por meio de fotografias da polícia. "Quando localizamos a casa dos acusados, eles foram presos em Santo André (ABCD) em um outro assalto", disse o delegado. Segundo o advogado Rubens Saad, 52, irmão de Neide, a morte de Marcelo Malke traumatizou a família. "Minha irmã vendeu a casa, pois não conseguia mais viver em um lugar que lhe trazia lembranças do assassinato do filho." Além de professor da Faap, Marcelo Malke fazia pós-graduação em engenharia mecânica na USP. Texto Anterior: OAB denuncia perseguição Próximo Texto: Grupo leva 3.000 cheques Índice |
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