São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Gás de cozinha fica mais caro a partir de 2ª

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo autorizou ontem o reajuste do gás de cozinha, que entrará em vigor segunda-feira.
O reajuste será uniforme nas bases de distribuição do produto, mas chegará com preços diferentes ao consumidor em cada cidade do país, devido aos custos do frete.
No ponto de revenda, o preço máximo ao consumidor de São Paulo será de R$ 5,66 (reajuste de 13,2%) pelo botijão de 13 quilos, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Esse preço já inclui o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Na cidade do Rio de Janeiro, o botijão vai custar R$ 5,83 (reajuste de 13,2%) e em Belo Horizonte, R$ 5,98 (reajuste de 16,12%).
Representantes do Sindigás (Sindicato dos Distribuidores de Gás) pediram ao secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Bolivar Moura Rocha, aumento adicional de R$ 0,20 para custear a requalificação dos botijões (troca de peças e testes de segurança).
A assessoria do secretário negou que tenha sido discutido o reajuste adicional na reunião de ontem. Rocha informou que está descartado qualquer novo reajuste do gás em período inferior a um ano.
"As empresas estão quebradas. Sem os R$ 0,20, não dá para requalificar os botijões", disse o presidente da Copagás, Ueze Zahran.
Cronograma
Segundo ele, na semana que vem o setor vai propor um cronograma de dez anos para a requalificação de cerca de 60 milhões de botijões.
Nos próximos 90 dias, segundo a proposta, deverão ser criados dez centros de troca de botijões. As empresas estimam que vão investir cerca de R$ 10 milhões na compra de botijões para esses centros.
No primeiro ano de vigência do acordo, seriam requalificados 3,5 milhões de botijões. Nos anos seguintes, seriam requalificados 6 milhões de botijões por ano.
Rocha já anunciou sua intenção de liberar o preço do gás. Ele disse que pretende vincular a liberdade de preços ao cumprimento de metas no programa de requalificação.

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