São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Câmbio volta ao normal e Bolsas sobem

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O Banco Central (BC) aplacou ontem logo cedo qualquer resquício de nervosismo que pudesse ter permanecido nas mesas de câmbio do conturbado dia anterior.
Foram cinco leilões de spread nos mercados de dólar comercial e de flutuante que inundaram o mercado para quem quisesse negociar com a moeda norte-americana.
Os dois primeiros leilões ocorreram simultaneamente no comercial e no flutuante. Em ambos, a autoridade monetária comprava a R$ 1,0101 e vendia a R$ 1,0105.
Na sua última intervenção, o BC atuou apenas no mercado de dólar comercial. Anulou as compras e passou somente a vender pela cotação de R$ 1,0102.
O BC não deixou subir as taxas. Houve até mesmo negócios abaixo do piso da minibanda de variação cambial, segundo operadores.
No final do dia, o mercado voltou à normalidade, fechando a R$ 1,0108 para venda.
A taxa futura de venda do dólar comercial para o mês presente fechou a R$ 1,019 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Com isso, a expectativa de desvalorização cambial para o mês recuou para 0,8%. E deve retornar em breve para o 0,6%, no qual o mercado vinha apostando -e acertando- nos últimos meses.
O volume financeiro no mercado de câmbio futuro da BM&F atingiu R$ 12,29 bilhões ontem, ou 14% menor que no dia anterior. O total de contratos recuou 20%, para 555.115.
Bolsas
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) refletiu positivamente a normalidade do câmbio.
Mas os interesses também estiveram voltados para os papéis do setor elétrico paulista.
Cesp PN foi a maior alta do Ibovespa, com 5,5%. Segundo analistas, o desempenho do papel já é reflexo das perspectivas de privatização do setor em São Paulo.
Telebrás PN também esteve entre as maiores oscilações, com alta de 4,2%.
O que chama a atenção do mercado é o fato de as demais teles não estarem acompanhando as valorizações da holding das telecomunicações brasileiras.
O índice Bovespa fechou em alta de 2,51%, com 62.773 pontos. O volume financeiro da Bolsa paulista ficou em R$ 454,5 milhões.

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