São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Brasileiras jogam por medalha

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A ATLANTA

A seleção brasileira feminina de basquete joga por medalha hoje, contra a Ucrânia, no torneio olímpico. Uma vitória garante prata e coloca o time na final com chance de conquistar ouro.
"É um time muito forte, mas não é bicho-papão", disse a armadora Paula, capitã da equipe brasileira. Brasil e Ucrânia jogam a partir das 15h (16h de Brasília), no Georgia Dome.
Desde que o torneio feminino da modalidade foi introduzido no programa olímpico, em Montreal-76, as brasileiras só se classificaram para Barcelona-92, quando terminaram em sétimo lugar.
Como já melhoraram de posição -estão entre as quatro melhores da Olimpíada-, elas ficaram eufóricas e festejaram na quadra.
"Fantástico. Maravilhoso", gritaram as jogadoras na comemoração da classificação para as finais, garantida com a vitória por 101 a 69 contra Cuba, anteontem.
Após cada jogo, o time passa a mentalizar o próximo confronto, concentrando as atenções em detalhes do adversário seguinte.
"Creio que temos chance de lutar pelo ouro. Entretanto, nossa preocupação agora é só a Ucrânia", alertou o técnico Miguel Ângelo da Luz, do Brasil.
As duas equipes mediram forças recentemente, na segunda semana de julho, quando ainda se prepararam para a Olimpíada. Cada time venceu uma vez.
"Quando perdemos, o time estava se recuperando fisicamente depois de um torneio no Canadá. E falhamos no rebote", disse a ala Janeth.
A equipe ucraniana conta com duas jogadoras remanescentes da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), campeã na última Olimpíada. São as alas Marina Tkachenko e Elena Zhirko.
Tem ainda outra jogadora conhecida no Brasil, a pivô Ludmila Nazarenko, de 1,95 m, que atuou no basquete paulista.
O Brasil continua invicto no torneio (seis vitórias), enquanto a ucranianas ganharam quatro jogos e perderam dois.
A seleção dos Estados Unidos, que faz a outra semifinal com a Austrália, também está invicta. Nas quartas-de-final, as norte-americanas eliminaram o Japão (108 a 93), e as australianas ganharam da Rússia (74 a 70).

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