São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996 |
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Triunfo vale emprego para Janeth
EDGARD ALVES
Cestinha da equipe até o momento em Atlanta, com 107 pontos em 6 jogos, ela está desempregada, mas, mesmo assim, ajuda companheiras mais novas, que, como ela, estão sem clube. Contratada pela Mizuno (empresa de material esportivo), Janeth intermediou contratos de patrocínio para essas colegas de seleção. "Fiz o que foi possível." Com o bom desempenho do time nos Jogos e a possível conquista de uma medalha, Janeth espera que ela e as companheiras consigam um novo emprego quando voltarem ao Brasil. (EA) * Folha - A seleção está melhor agora do que no Mundial-94? Janeth - O grupo está mais consciente. Evoluiu e conhece os adversários. Folha - O que mudou? Janeth - Sabemos, agora, que podemos jogar de igual para igual com todos. Desde que pusemos na cabeça que temos um ataque forte e precisamos defender, tudo funcionou. Folha - A Hortência e a Paula deixam a seleção após a Olimpíada, e você deve assumir a liderança da seleção. Isso assusta? Janeth - Não. Já estou há muito tempo com o grupo e cresci muito, embora continue aprendendo. Já me sinto uma grande jogadora. Folha - Quando e como você começou no basquete? Janeth - Eu jogava vôlei no Corinthians, mas não era a minha graça. Assisti ao Mundial em São Paulo, em 83, e me empolguei com Paula e Hortência. Folha - O que falta para você se tornar uma jogadora reconhecida internacionalmente? Janeth - Estou sempre preparada para pegar rebote, marcar as adversárias e atuar bem no ataque. Mas tenho que melhorar o arremesso de três pontos. Folha - Na quadra, qual é a jogada que te dá mais prazer? Janeth - É o contra-ataque, sem bater bola, de mão em mão. Folha - Continua sem contrato? Janeth - Desempregada. Vou pensar nisso quando voltar. Com um bom resultado em Atlanta, tudo ficará diferente e mais fácil. Vamos resolver primeiro aqui. Folha - Já foi procurada para conversar sobre a NBA feminina? Janeth - Na Itália, um empresário disse que meu nome estaria na lista de contratações. Mas nada de concreto, apenas estudos para 97. Texto Anterior: Brasileiras jogam por medalha Próximo Texto: Hortência quer final 'ilustre' Índice |
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