São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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O paradoxo de Zeno é uma história absurda

ARTHUR NESTROVSKI

Há cerca de 2.500 anos, viveu na Grécia um grande inventor de histórias absurdas.
O nome dele era Zeno, e até hoje se conhecem os seus "paradoxos" -histórias de coisas que são, ao mesmo tempo, possíveis e impossíveis. São verdades que não podem ser verdade; mas a gente não consegue dizer por que não.
Um bom exemplo é o paradoxo da distância.
Imagine uma linha reta, ligando dois pontos. Para ir de um ponto a outro, você precisa, antes, chegar à metade, não é mesmo?
Mas para chegar à metade, não precisa também chegar à metade da metade?
Mas para chegar à metade da metade, precisa chegar à metade da metade da metade... e assim por diante.
Mas se isso é verdade, dizia Zeno, então é impossível sair do lugar! Tem sempre uma metade que a gente precisa percorrer, antes de chegar a qualquer lugar; e as metades são infinitas.
A solução para o paradoxo de Zeno é muito complicada.
Mas é claro que é só um paradoxo, porque todo mundo está sempre indo de um lugar para outro, quer Zeno queira, quer não. O paradoxo é um labirinto da imaginação.

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