São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Clínicas britânicas já destroem embriões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Clínicas britânicas começaram ontem a destruir milhares de embriões "órfãos", que seriam inicialmente utilizados em inseminações artificiais.
Mais de 3.000 embriões estão sendo destruídos porque venceu o prazo máximo de armazenamento, que é de cinco anos, e as clínicas não conseguiram contactar os doadores.
Outros 3.000 embriões também estão sendo destruídos com autorização dos doadores.
Os embriões congelados, compostos em sua maioria de quatro células, são mortos com uma gota de álcool ou água, sendo depois incinerados junto com outros materiais hospitalares.
Grupos em defesa da vida, que chamam a ação de "destruição em massa de vidas humanas", fizeram vigílias do lado de fora das clínicas na madrugada de ontem, rezando e cantando hinos.
O Vaticano chamou o ato de "massacre pré-natal".
"Tem sido muito incômodo e frustrante para todos", disse o professor Ian Craft, do Centro de Ginecologia e Fertilidade de Londres. Ele disse que esperava que o governo estendesse o prazo para localização dos doadores.
Grupos contrários ao aborto escreveram anteontem ao premiê britânico, John Major, pedindo o adiamento da destruição, para que a busca pelos "pais" continue.
Eles também querem que o governo autorize a adoção dos embriões. O pedido não foi aceito.
A lei britânica só permite a adoção dos embriões com autorização dos casais doadores.

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