São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Zapatismo atrai jovens mexicanos

DO ENVIADO ESPECIAL A CHIAPAS

Cabelo cortado no estilo punk, Carlos Gutiérrez, 33, tem tido participação ativa nas reuniões dos zapatistas. Seu tema preferido são questões culturais. À noite, participa de grupos teatrais e musicais.
Gutiérrez não é punk: "Os punks do México não têm nenhuma preocupação social". Junto com um grupo teatral, ele trabalha com os zapatistas há dois anos.
Mas diz que não atuará no campo militar do EZLN. Lembra de palestra do subcomandante Marcos a jovens voluntários, em que o líder pediu "para cada um ficar na trincheira em que se encontrava".
"A nossa trincheira é o teatro. Por isso fazemos atividades de apoio aos zapatistas", afirmou. Como Gutiérrez, vários outros jovens mexicanos também ajudam voluntariamente os zapatistas.
Eduardo de La Torre, 22, estudante de biologia da Universidade do México, se inscreveu em brigadas de solidariedade aos zapatistas. Ele coordena a sala de imprensa de Oventic, uma das aldeias em que se realiza o encontro do EZLN.
Eduardo já assistiu a três palestras de Marcos para jovens, que pagam despesas com viagens e comida. Valéria Flores, 21, pagou a viagem entre a capital e San Cristóbal de Las Casas, reduto zapatista.

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