São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996 |
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Lucros da Souza Cruz despencam Motivo é venda da Aracruz FERNANDO PAULINO NETO
A Souza Cruz fechou o período com lucro de R$ 18 milhões. Em 1995, o lucro no semestre havia sido de R$ 76 milhões. Segundo o diretor financeiro da Souza Cruz, Milton Cabral, a perda com a venda da Aracruz é apenas contábil. Ele disse que a empresa fez "um bom negócio ao vender sua participação", afirmando que a empresa saiu da sociedade com 13% a mais do que havia investido. Cabral disse que o motivo do resultado, que "poluiu" a equivalência patrimonial (participação minoritária em empresas) e o resultado não-operacional, foi a regra de balanços que obriga a corrigir a venda pela Ufir (Unidade Fiscal de Referência), que teve aumentos acima da inflação. Além disso, também teve alguma influência o resultado da própria Aracruz, que não foi tão bom quanto no primeiro semestre de 95. A Souza Cruz vendeu sua participação por R$ 241 milhões. Com a queda de vendas (3% em relação ao primeiro semestre de 1995), a Souza Cruz faturou menos 1% nos primeiros seis meses deste ano, vendendo R$ 2,92 bilhões, ante R$ 2,95 bilhões na primeira metade do ano passado. Como custos de venda e despesas operacionais aumentaram de R$ 749 milhões para R$ 783 milhões, o resultado operacional da Souza Cruz foi de R$ 49 milhões, uma queda de 15,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Acionistas Pela primeira vez, a Souza Cruz vai remunerar seus acionistas com juros em vez de dividendos, aproveitando-se de inovação nas leis de balanço. A decisão será oficializada na assembléia de acionistas marcada para o dia 9. A Souza Cruz vai pagar R$ 45,4 milhões aos acionistas. Segundo Milton Cabral, a vantagem de pagar a remuneração como juros em vez de dividendos é a obtenção de um ganho estimado em R$ 5,4 milhões para a empresa. Texto Anterior: Dólar comercial fica abaixo da minibanda Próximo Texto: Consumo no país recua 3,5% no 1º semestre Índice |
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