São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Hortência crê no ouro

DO ENVIADO A ATLANTA

A cestinha Hortência acertou ontem a sua primeira cesta de três pontos (arremesso além da linha de 6,25 m de distância do aro) em cinco jogos que disputou no torneio olímpico.
Empolgada com a medalha garantida, Hortência disse que faz amanhã sua última partida pela seleção.
Com o filho João Victor, cinco meses, nos braços, Hortência disse que o basquete solidário da seleção abriu caminho para as vitórias em Atlanta.
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Pergunta - Valeu a volta à seleção?
Hortência - Foi uma luz que me iluminou. Sou campeã mundial, título que ninguém tira mais de mim. Agora, tenho uma medalha olímpica. Estou realizada.
Pergunta - Quais são as chances de vitória na final?
Hortência - Vamos enfrentar os EUA. Vamos jogar o nosso basquete. Se conseguirmos manter o ritmo, sem desespero, creio que podemos conquistar a medalha de ouro.
Pergunta - Você vive o momento mais emocionante de sua carreira?
Hortência - Nunca vou esquecer a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cuba. Foi muito emocionante. Depois veio a do Mundial, mas estávamos longe, na Austrália, e o Brasil acompanhou à distância. Aqui está emocionante porque sei que todo o Brasil está vendo pela TV e temos torcida. É muito emocionante.
Pergunta - Você parece confiante?
Hortência - Nosso time tem jogadoras inteligentes, de talento e habilidade. Vamos mostrar que o nosso "paiszinho" do Terceiro Mundo vai decidir com os EUA. Vai mostrar que conhece o basquete, que é campeão do mundo.
Pergunta - Você hoje acertou uma cesta de três pontos. Regulou a pontaria?
Hortência - Surgindo o espaço para o arremesso não vacilo. Tenho confiança. Mas o time está jogando um basquete solidário, trocando passes e as jogadoras se ajudando na quadra o tempo todo.

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