São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Jornalista argentino forjou atentado

Santiago Pinetta pode ser processado

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

O diretor do hospital Ramos Meijía, Carlos Igarzabal, confirmou ontem que foi uma farsa o suposto atentado contra o jornalista argentino Santiago Pinetta, autor de denúncia de superfaturamento em um contrato do Banco da Nação Argentina (estatal) com a IBM.
Pinetta se apresentou à imprensa anteontem como vítima de quatro desconhecidos, que teriam marcado com instrumento cortante a sigla "IBM" em seu tórax.
A versão foi desmentida pelo chefe da Polícia Federal argentina, Adrián Pelacchi. Segundo Pelacchi, tratou-se de uma autoflagelação, já que o jornalista chegou ao hospital sem ferimentos no tórax.
O ataque teria sido um roubo comum. Testemunhas disseram à polícia que o espancamento aconteceu, mas Pinetta não teve a camisa arrancada, conforme contou.
Pinetta terá de responder a processo por falsa denúncia. Com a divulgação das fotos de seu corpo tatuado, ele obteve notoriedade internacional e recebeu manifestações de solidariedade. Até a IBM divulgou uma nota de repúdio ao "atentado".

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