São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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PT e PPB obtêm sucesso com modelos opostos de gestão

ELEONORA DE LUCENA; JOSIAS DE SOUZA

ELEONORA DE LUCENA
JOSIAS DE SOUZA
Secretários de Redação
São Paulo e Porto Alegre experimentam administrações de sucesso. Seus prefeitos fazem oposição ao Planalto e aos respectivos governos estaduais. Registram ampla popularidade. Paulo Maluf (PPB) saboreia 52% de apoio entre os paulistanos. Dos porto-alegrenses, 72% consideram Tarso Genro (PT) ótimo ou bom.
Centralizador, Maluf conserva o perfil de "tocador de obras". Mas, cercado por meticuloso esquema de marketing, investe em projetos sociais como os polêmicos Cingapura e PAS. Agarra-se, de resto, a factóides como a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança e a proibição ao fumo.
Genro é descentralizador e vende a idéia do orçamento participativo. Suas obras não têm vulto e estão esparramadas pela periferia. Não descuida da classe média, programa eventos culturais e limpa ruas e praças. Busca o consenso.
A exemplo dos prefeitos, suas cidades são diferentes. Só o orçamento paulistano é 15 vezes maior que o porto-alegrense.
Os dois estilos estão à prova nesta eleição. Seus candidatos vão bem na corrida eleitoral. E os prefeitos aproveitam o teste para sonhar com a sucessão de Fernando Henrique Cardoso.

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