São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Saúde do Senado vai custar R$ 7,5 mi

Serviço médico tem 54 servidores

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além de um salário médio de R$ 3.800, os 4.500 servidores do Senado Federal têm à disposição um serviço médico privilegiado. O Orçamento da União prevê gastos de R$ 7,5 milhões em 96, mas os gastos do primeiro trimestre apontam para uma despesa ainda maior.
O Senado dispõe de um serviço médico que inclui um centro ambulatorial com 54 servidores. Com área de mil metros, a obra custou cerca de R$ 900 mil em 1993.
Mas o serviço médico faz apenas atendimentos de emergência, perícias, triagem de pacientes e fiscalização de hospitais credenciados pelo Senado.
Para atender seus funcionários, o Senado mantém convênios com mais de 70 hospitais, clínicas e laboratórios espalhados pelo Distrito Federal. Os servidores pagam 30% das consultas e despesas.
No primeiro trimestre, o Senado pagou R$ 1,5 milhão por serviços médicos prestados aos beneficiários do SIS (Sistema Integrado de Saúde). Foram pagos R$ 200 mil ao hospital Santa Luzia e R$ 150 mil ao Prontonorte.
Entre as despesas, está o empenho de R$ 1.000 em favor da empresa Estética - Clínica, Cirurgias e Plásticas. Segundo a direção do Senado, seriam autorizadas somente plásticas corretivas.
Despesas com saúde também foram cobertas com recursos do Fundo Especial do Senado. Até junho, o SIS recebeu R$ 109,8 mil, a Assefe (Associação dos Funcionários do Senado) recebeu R$ 530 mil e a Unimed recebeu R$ 1,6 milhão deste fundo.
A Unimed presta serviços de saúde a beneficiários do SIS em outros Estados.
Fundo Especial
O Fundo Especial tem dotações do Orçamento da União, mas o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, afirma que o dinheiro gasto com serviços médicos é resultado de contribuições dos servidores.
Para fugir de cobranças judiciais, a Assefe teria repassado R$ 17 milhões ao Fundo Especial em junho de 95. A medida teria sido autorizada pela Mesa Diretora da Casa.
Em agosto de 95, foi suspenso convênio com a Golden Med que consumiu R$ 198 mil em atendimentos domiciliares. Foram tratados casos de unha encravada, cólica menstrual, alcoolismo e gripe.
O diretor-geral do Senado afirma que estas despesas foram pagas com um fundo formado por contribuições dos servidores.
Senadores, ex-senadores e seus dependentes têm todas as despesas médicas cobertas pela Casa. Neste primeiro trimestre, os senadores gastaram R$ 114 mil com serviços médicos e odontológicos.
O senador Vilson Kleinubing (PFL-SC) gastou R$ 16,6 mil com um tratamento odontológico. Ex-senadores e dependentes de senadores gastaram R$ 389 mil no primeiro trimestre.

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