São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Agulha não fura persas finos

SUZANA CAMARÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao comprar um tapete persa, saque da bolsa uma agulha de costura bem fininha e dê uma de expert para qualquer no ramo.
Tapetes iranianos como isfahan, ghoum e naim, tidos como os persas mais elegantes e raros do planeta, possuem uma quantidade enorme de nozinhos mínimos por centímetro quadrado. Por conta disso, seus desenhos são mais nítidos e seus preços (de US$ 500 a US$ 5.000 o m2), mais salgados.
E a melhor maneira de não ser ludibriada na hora de uma compra é, antes de adquirir tais preciosidades, aplicar em cada exemplar paquerado o velho teste da agulha.
É o seguinte: se uma agulha de costura atravessar a trama de um iraniano, do lado direito para o avesso, é sinal que o tal tapete, de iraniano e legítimo, não tem nada.
Tal truque, entretanto, não é válido para tapetes tribais como os caucasianos (kazak, shirvan etc.), curdos, turcomanos -tal qual o boukara-, ou iranianos com tramas de lã, como o famoso shiraz.
Para se precaver contra a ilegitimidade dessas versões, Marion Xavier, 39, uma das donas da Século -loja de tapetes orientais das mais tradicionais da Paulicéia- ensina: ler um pouco sobre tapetes e ter confiança no local em que se está comprando é fundamental.

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