São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Videolocadoras prevêem faturamento 15% menor

JACQUELINE LATTARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado de videolocadoras prevê uma queda de 15% no faturamento até o final deste ano, em relação ao ano passado. No período de março de 95 a março último, foram fechadas 1.200 lojas e abertas apenas 700, em São Paulo.
O faturamento do setor em 95 foi de cerca de US$ 250 milhões, com 60 milhões de fitas alugadas, segundo dados da Associação Videosofter do Brasil, que contabiliza aproximadamente 4.000 videolocadoras no Estado.
Os donos de locadoras dizem que a clientela não tem dinheiro. E, para os pequenos, a situação foi ainda agravada pela entrada no mercado da Blockbuster -rede internacional que, no Brasil, é controlada pelo grupo Moreira Salles, do Unibanco.
Flavio Fraislebem, presidente do Sindicato das Videolocadoras, afirma que, em algumas regiões, a concorrência já provocou o fechamento de pequenas locadoras.
"Em São José e Campinas, por exemplo, onde as locadoras estavam pouco estruturadas e ainda muito amadoras, houve o fechamento de lojas. A conjuntura econômica e o amadurecimento do setor têm levado a uma seleção natural das empresas", disse.
Há um ano e meio no Brasil, a Blockbuster já abriu 26 lojas -23 delas em São Paulo- e pretende inaugurar outras 250 nos próximos sete anos. A rede tem 250 mil clientes cadastrados, um acervo de mais de 5.000 títulos e cerca de 10 mil fitas em cada loja, segundo Luís Mário Bilenky, presidente da Blockbuster.
Segundo Bilenky, a aceitação da rede foi grande, principalmente no interior do Estado.

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