São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Zona oeste deve ter novo eixo econômico

DA REPORTAGEM LOCAL

A avenida Paulista, vista do Paraíso em direção à avenida Consolação, possui poucos terrenos para novos edifícios; preço do m2 continua alto
Essa região seria a grande beneficiada pela decadência da avenida Paulista e a consequente fuga de empresas hoje nela estabelecidas.
Para Tadeu Francisco Masano, dono da Estudos Empresariais, que assessora a implantação de novos negócios, a Paulista deve perder, em até 15 anos, a posição de principal eixo de negócios da cidade, mas não está decadente.
Ele acredita que a posição será ocupada não só pela Berrini e Nações Unidas, mas por um eixo composto por elas e outras avenidas paralelas à marginal Pinheiros.
Serviços Para Masano, o que falta na Paulista é espaço para a construção de novos edifícios. "Mas ela continua adequada a empresas dos setores financeiro e de serviços".
Em sua opinião, a Paulista precisa se revitalizar, incentivando, por exemplo, a atividade noturna.
A importância da Paulista pode ser medida pelo fato de que concentra mais de 110 agências bancárias, segundo dados de Masano.
Já a Engenheiro Luís Carlos Berrini possui cerca de 15 agências, e a Brigadeiro Faria Lima, outras 55. São as duas principais artérias do novo eixo destacado por Masano.
Para a urbanista Raquel Rolnik, as regiões da Paulista e do Brooklin Novo possuem perfis diferentes e não competem entre si.
Ela destaca na primeira a importância das calçadas e serviços, que estimulam convivência de grupos heterogêneos de pessoas.
Na Berrini, porém, o que importa são os edifícios em si. Não há o estímulo a essa convivência, que, em sua opinião, é essencial.

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