São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Mostra tem 2ª edição em Salvador

Casa Cor Bahia vai até 1º/9

CHRISTIANNE GONZÁLEZ
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A valorização dos fabricantes de móveis locais é a característica mais marcante da segunda edição da Casa Cor Bahia 96, mostra que reúne novos e conhecidos decoradores e arquitetos baianos.
Aberta no último dia 30, a exposição vai até 1º de setembro, com a expectativa de receber a visita de cerca de 20 mil pessoas, 80% a mais do que em 95, segundo as promotoras do evento, Kátia Chamadoiro e Luisinha Brandão.
Com aproximadamente 70% de seus móveis produzidos por fabricantes locais, a mostra reúne o trabalho de 67 decoradores, arquitetos e paisagistas baianos em pouco mais de 4.000 m2 de área, incluindo piscina, jardim, quadra de esportes, praça, restaurante e café. Nos 50 ambientes expostos, a mostra apresenta a mesma tendência dos outros Estados onde é realizada, em tons neutros e fibras naturais, sem nenhuma conotação regional significativa.
"A Bahia não é só axé e candomblé", diz a empresária Andréa Velame, 30, fabricante dos móveis que estão presentes no evento.
Na maioria dos ambientes, a madeira clara e o sisal são predominantes. Os acabamentos em aço cromado e alumínio também aparecem. Apenas a iluminação e alguns objetos são feitos com material importado.
Além dos ambientes decorados, a mostra inclui o Salão Casa Cor, um espaço voltado para exposição de obras de arte e realização de palestras sobre arquitetura.
Menores custos
Três fabricantes locais dividiram a execução dos móveis idealizados por profissionais participantes da Casa Cor -Andréa Velame, Conceição Queiroz e Tidelli (indústria gaúcha com filial na Bahia).
Responsáveis por 70% do mobiliário do evento, os fabricantes exibem trabalhos que seguem uma tendência mundial de decoração e com a mesma qualidade dos fabricados por indústrias do Sul.
Andréa Velame, que produziu os móveis de 16 ambientes, destaca que a produção local gera empregos e diminui os custos.

Casa Cor Bahia 96 - Rua Tamoios, 23, Rio Vermelho, orla de Salvador (BA). Até 1º de setembro, das 12h às 22h. Tel.: (071) 345-5025. Ingresso: R$ 10.

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