São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Paulista balança, mas luta para não cair

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A avenida Paulista, um dos mais conhecidos símbolos da cidade de São Paulo, enfrenta mais problemas do que em qualquer outra época de seus cem anos de história, mas se recusa a cair.
Mesmo recheada de camelôs, ameaçada pelo crescimento da violência e com um trânsito a cada dia mais complicado, ela ainda é a região mais cara de São Paulo para a compra de imóveis comerciais.
Segundo pesquisa do Datafolha, o preço do metro quadrado de área construída na avenida Paulista chega a R$ 1.488,42, superior ao da avenida Brigadeiro Faria Lima (R$ 1.384,72), a segunda mais cara.
O preço do aluguel comercial, por sua vez, é o segundo mais caro da cidade. Cada metro quadrado alugado na avenida custa R$ 21,69.
Neste ano, o aluguel comercial tem permanecido praticamente estável -caiu 0,69% até julho.
Desde o início do Plano Real, porém, a variação foi de 84,44%.
Lá, o aluguel custa R$ 23,37 o m2. O aumento acumulado neste ano chega a quase 35%.
Essa região, aliás, é apontada como a maior beneficiária de uma futura decadência da Paulista.
Recuperação
Mas há empresas que acreditam na recuperação da avenida. A Romeu Chap Chap, por exemplo, vai investir R$ 60 milhões na construção de um edifício de alta tecnologia na região -o Colégio São Luís, que será lançado até dezembro.
"Há poucos terrenos disponíveis, e faz tempo que não é lançado um prédio comercial de alto nível", diz Romeu Chap Chap.
"A procura por imóveis comerciais para locação na Paulista está ótima", diz Valentina Karam, dona da imobiliária de mesmo nome.

LEIA MAIS sobre a av. Paulista na pág. 7-3

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