São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Pizzaria exige mais atenção do investidor

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O segmento de franquias de pizzaria tem várias opções, que vão do quiosque à entrega em domicílio. Mas o interessado em comprar uma unidade deve analisar com cuidado, antes de investir, os critérios de cada empresa.
Há empresas que têm crescido constantemente. Outras estão deixando o franchising. E há ainda quem confunda conceitos dentro do sistema (leia texto abaixo).
A Mister Pizza, primeira pizzaria a entrar no segmento de fast food, com sede no Rio de Janeiro, tem 116 lojas e planos de abrir 8 novas ainda neste ano.
O faturamento da rede em 95, segundo a franqueadora, Eliane Bernardino, ficou em US$ 41,5 milhões, com crescimento de mais de 50% sobre o ano anterior.
Eliane, que preside a ABF Rio (Associação Brasileira de Franchising/Seccional Rio de Janeiro), diz que "sempre há espaço para redes que conseguem um equilíbrio entre qualidade e preço".
Fórmula
Segundo ela, é importante que as empresas percebam que fórmulas que dão certo em outros países podem não ter sucesso no Brasil.
"Na área de master-franchising, não basta importar fórmulas. A empresa deve ter gente atenta ao que acontece no mercado brasileiro", aconselha.
Para Eliane, comprar uma master não significa um "passaporte para o sucesso". O começo, afirma, é difícil como em qualquer outro negócio.
Eliane diz que os empresários devem ter em mente duas maneiras de analisar o mercado para pizzarias fast food: "São Paulo e o resto do país".
Em São Paulo, diz Eliane, as pessoas não almoçam pizza, o que restringe o mercado. "Mas existe todo o país para ser explorado."
A Pizzamille, também com sede no Rio, tem 40 unidades funcionando e 20 já negociadas em fase de instalação.
São Paulo
Oswaldo Antunes Maciel, 59, presidente da rede, concorda com Eliane Bernardino. "Estamos atuando no país todo, mas no Estado de São Paulo temos apenas duas unidades."
Maciel diz acreditar no potencial do fast food de pizza. Afirma ainda que nos EUA a pizza já ultrapassa o hambúrguer na preferência do consumidor.
A rede Babbo Giovanni, de São Paulo, não quer investidores como franqueados. Sócrates Tusatto, 53, sócio, diz que só tem interesse em quem quiser ficar no balcão.
"Esse tipo de pessoa briga pela loja e vive o dia-a-dia. Só dessa forma é que uma franquia vai para a frente", diz Tusatto.

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