São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996
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Tribunal gaúcho condena 36 por fraudes administrativas

Prefeita é condenada a dar aulas de matemática a pobres

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul criou, no ano do impeachment de Fernando Collor, 1992, uma Câmara Criminal exclusiva para julgar irregularidades municipais.
Foi o crescimento de casos de corrupção entre os prefeitos que levou o tribunal a tomar essa decisão inédita. O objetivo tem sido cumprido: a câmara deu mais rapidez aos julgamentos.
Até o início deste ano, o tribunal havia condenado 36 prefeitos gaúchos e absolvido outros 55 suspeitos de corrupção.
Penalidades
As penalidades, além da perda do mandato, muitas vezes são cumpridas com a prestação de serviços comunitários. É o caso da ex-prefeita Marlene Wingert (PDT), de Sapiranga.
Acusada de cometer irregularidades em sua gestão, ela foi afastada do cargo. Ex-professora, a sua pena foi dar aulas de matemática em escolas da cidade por um ano.
O mais recente caso de impeachment no Rio Grande do Sul, na cidade de Cidreira (a 120 km de Porto Alegre) tem como pano de fundo a crise financeira do município. O prefeito cassado, Elói Braz Sessim (PDT), sofreu impeachment da Câmara de Vereadores em maio.
Antes de ser cassado, o ex-prefeito foi afastado do cargo e ficou preso por mais de cem dias, a pedido da Justiça.
O atual prefeito, João Peixoto (PPB), que assumiu o cargo porque era o presidente da Câmara, disse que a dívida do município é de cerca de R$ 6 milhões.

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