São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996
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Previdência será prioridade no Senado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A reforma da Previdência será o centro das atenções do governo no reinício dos trabalhos do Congresso, nesta semana. O governo quer votar a reforma no Senado até o final de setembro e concluir a votação na Câmara até o final do ano.
As emendas aprovadas pelo Senado seriam discutidas e votadas pela Câmara após as eleições municipais. Os líderes governistas avaliam que não haverá problema de quórum no Senado nos dois meses que antecedem as eleições.
Apenas quatro senadores são candidatos a prefeito: José Serra (PSDB-SP), Roberto Freire (PPS-PE), Júnia Marise (PDT-MG) e Levi Dias (PPB-MS).
Na Câmara há mais de cem candidatos a prefeito, o que deverá reduzir o quórum até outubro.
Pontos impopulares
A estratégia de votar a reforma previdenciária na Câmara depois das eleições tem mais uma razão: antes do pleito, os deputados que são candidatos seriam mais resistentes à aprovação de pontos considerados impopulares.
O líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES), espera que o PSDB indique o relator do projeto até a quinta-feira.
O líder do PSDB, Sérgio Machado (CE), disse ontem que o primeiro passo será definir os principais pontos do projeto.
Alvares prevê que o projeto tramite na Comissão de Constituição e Justiça até o final de agosto. O plenário teria o mês de setembro para discutir, emendar e aprovar a reforma da Previdência.
Privilégios
O presidente Fernando Henrique Cardoso pediu aos líderes governistas que eliminem do projeto benefícios que considera privilégios. Ele quer determinar como limite mínimo de idade para aposentadoria 55 anos para a mulher e 60 anos para o homem.
FHC também quer que o Senado proíba a acumulação de proventos com salários e acabe com a aposentadoria especial para professor universitário (30 anos de serviço para o homem e 25 para a mulher).

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