São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Pesquisa cria pedagogia de rua
FERNANDO ROSSETTI
Diretora do Núcleo de Trabalhos Comunitários da PUC-SP, Graciani trabalha "na rua" há 18 anos. Orienta experiências como o premiado projeto Axé, da Bahia, e a Escola das Crianças e Adolescentes de Rua de Porto Alegre. Em sua tese -com subtítulo "Análise e Sistematização de uma Experiência Vivida"-, a pesquisadora pretendeu "criar uma metodologia para o educador de rua". Segundo ela, a esses profissionais cabe "a ação pedagógica na vida das crianças e adolescentes que apresentam dificuldades de inserção social". É também seu papel "a ação comunitária, mediante a promoção de eventos e atividades de sensibilização e informação junto às famílias, às escolas e à sociedade sobre os direitos das crianças". A finalidade do trabalho -que também envolve "ação jurídico-institucional -com organização da área- é a "desrualização" do menino ou menina, com o necessário acompanhamento posterior da criança bem-sucedida nesse processo. Graciani coloca que o trabalho com as crianças e adolescentes de rua só é possível com o estabelecimento de três relações: confiabilidade (o educando tem que confiar no educador, e vice-versa), referencialidade (com o estabelecimento de uma relação afetiva o educador passa a ser referencial para a criança) e legitimação (definição clara da posição social que educador e educando ocupam). A idéia é "propiciar uma construção conjunta de conhecimento, valorizando a cultura infanto-juvenil". A dissertação também faz um histórico do papel do Estado brasileiro na condução da questão das crianças e das atividades de organizações não-governamentais na área. (FR) Texto Anterior: Um Currículo Nacional Único? De novo? Não! Próximo Texto: Ações e falta de fiscais ameaçam rodízio Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |