São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996 |
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'Dream Team' feminino pára Brasil e Hortência se despede com a prata
EDGARD ALVES
A seleção feminina, campeã mundial, ficou com a medalha de prata, derrotada pelos EUA (111 a 87) no jogo que encerrou a 26ª Olimpíada da Era Moderna. Desde o começo, as norte-americanas aproveitaram os erros das brasileiras. Terminaram o primeiro tempo com vantagem de 57 a 46. Na segunda etapa, dispararam. No final, as campeãs dançaram na quadra do Georgia Dome. A preparação das americanas foi a mais cara dentre as 12 seleções do torneio (US$ 3 milhões). A das brasileiras foi estimada em aproximadamente US$ 1 milhão. O jogo de ontem marcou a despedida simultânea da seleção das duas maiores jogadoras da história do basquete brasileiro, a armadora Paula e a ala Hortência, encerrando um ciclo de duas décadas. As duas, que não estiveram bem na partida decisiva, estrearam juntas na seleção em julho de 1976. O futuro das demais jogadoras ainda é incerto. Algumas, como a ala Janeth, podem receber propostas da futura liga norte-americana profissional, a versão feminina da NBA, a ser lançada em 1997. O técnico Miguel Ângelo da Luz confirmou que não vai continuar no comando da seleção. Diz querer dar oportunidade a outro. Miguel Ângelo ainda vai discutir o assunto com dirigentes. Ele também é treinador do time masculino do Flamengo, no Rio. A medalha de ontem foi a primeira da seleção feminina de basquete em Olimpíadas. Em sua primeira participação, Barcelona-92, o Brasil obtivera a sétima posição, entre oito participantes. A prata coroa o melhor desempenho do país em Olimpíadas. Foram 15 medalhas: 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze. O recorde anterior era 8 (Los Angeles-84): 1 de ouro, 5 de prata e 2 de bronze. O Brasil ficou em 25º entre 197 competidores. Próximo Texto: Imprensa compara Hortência a Johnson e Jordan Índice |
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