São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996 |
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EUA planejam deter Karadzic, diz jornal
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O governo norte-americano elaborou uma operação militar para capturar o líder dos sérvios da Bósnia, Radovan Karadzic, em uma batida policial em Pale, base dos guerrilheiros sérvios.O plano, divulgado ontem pelo jornal britânico "The Sunday Times", incluiria tropas de elite da Força Delta e helicópteros de combate especiais, que voam a baixa altitude e não são detectados. Segundo o jornal, que cita fontes dos serviços de informação americano e britânico, o plano pode ser colocado em prática "a qualquer momento" por ordem do presidente dos EUA, Bill Clinton. Entretanto a operação encontra forte resistência entre os aliados dos Estados Unidos, especialmente o governo britânico. O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Portillo, disse ontem, em uma entrevista transmitida pela cadeia de TV GMTV, não saber se o governo britânico participará da operação. "Embora acreditemos que Karadzic deva ser entregue à Justiça, nossa prioridade imediata é a estabilidade na Bósnia-Herzegóvina e a manutenção das eleições democráticas no próximo mês", disse o ministro britânico. Segundo Portillo, "a captura de Karadzic nesse momento poderia ser contraproducente". A operação encontra resistência mesmo entre parte do Estado-Maior dos EUA. O comandante da força multinacional da paz na região, almirante Leighton Smith, qualificou a operação como "muito arriscada". Karadzic e o comandante militar sérvio Ratko Mladic foram acusados de crime de guerra pelo tribunal de Haia e são procurados. Mostar Croatas de Mostar (sul da Bósnia) ignoraram o prazo imposto pela União Européia (UE) para que parassem o boicote ao funcionamento do conselho municipal. O prazo terminou a 0h de sábado. "O prazo expirou e nós enviamos nosso relatório à presidência da União Européia", disse Martin Garrod, chefe da UE em Mostar. Croatas bósnios e muçulmanos iniciaram conversações ontem, mediados por representantes da União Européia, para tentar resolver a disputa sobre o resultados das eleições na cidade. Membros da delegação croata disseram que as negociações continuam em andamento. A crise em Mostar começou depois que os croatas bósnios se negaram a reconhecer os resultados das eleições locais organizadas em junho pela União Européia, vencidas pelos muçulmanos. Se não houver acordo, a UE ameaça retirar as tropas da cidade. Texto Anterior: Suprema Corte mantém condenação de Yigal Amir Próximo Texto: Máfia italiana queria explodir Torre de Pisa Índice |
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