São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996 |
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Maluf diz que o PT é partido autoritário Prefeito reage a ações judiciais GEORGE ALONSO
O ataque malufista ocorreu antes da carreata que fez com Pitta, percorrendo, por três horas e meia, 25 quilômetros de ruas das regiões central e oeste da cidade. Começou no Pacaembu e acabou na Lapa. "Se dizem democratas e querem até me tirar do ar, no programa do meu partido. São falsos democratas", afirmou Maluf, ao comentar as várias representações de petistas, junto à Justiça Eleitoral. O PT aponta irregularidades em outdoors da campanha de Pitta, o uso de símbolo da gestão de Maluf (trevo formado por quatro corações) e sua participação no horário eleitoral de TV como prefeito. Maluf não tem perdido tempo. Desde sábado, deixou expressa na TV -no programa de Pitta- até a sua intenção de ser candidato a governador ou presidente em 1998. Para ele, não existe qualquer ilegalidade na atitude. Para o PT, porém, está havendo utilização da máquina administrativa e veiculação irregular da imagem de Maluf. "Que o Lula venha para a televisão defender a Erundina. Que o Brizola venha para apoiar o Rossi. E que o Mário Covas venha apoiar o Serra", disse o prefeito. Maluf deixou claro que não tem intenção alguma de reduzir o ímpeto de sua participação na campanha de Pitta -avaliada pelos coordenadores do PPB como uma das causas da ascensão de seu candidato nas pesquisas. "Se eles pensam que vou pendurar as chuteiras, estão enganados", afirmou o prefeito. "Eu não fico em cima do muro. Equilibrista é papel para outros partidos", ironizou Maluf. "Petista arrependido" Maluf aproveitou a ocasião para rebater outra denúncia do PT -de que houve, no último fim-de-semana, situação explícita de uso da máquina administrativa da prefeitura a favor de Pitta, em reuniões com servidores públicos. "A reunião com servidores (ocorrida sábado) foi na sede o partido. Lá entra quem quiser, é aberto, não pedimos carteira de identidade. Até um petista arrependido pode ir lá e se filiar ao nosso partido", disse ele. Ação contra o PSTU O prefeito Paulo Maluf e a Prefeitura de São Paulo estão entrando, separadamente, na Justiça Eleitoral contra o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), que tem um minuto e meio no horário eleitoral na televisão. Maluf cobra direito de resposta por reprise de trecho (já exibido outras duas vezes) em que o PSTU pede à população que não dê seu voto a candidatos de "quadrilha". Maluf é um dos citados no vídeo. A prefeitura requer também direito de resposta por ataques do PSTU ao PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Texto Anterior: Programa econômico de Luiza Erundina Próximo Texto: Entre lagos e árvores Índice |
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