São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996
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Britto critica os preços de Gramado

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

"Eu não faço mais turismo em Gramado. Não dá para frequentar hotel e restaurante em Gramado com estes custos", disse o governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto (PMDB), queixando-se dos preços cobrados na principal cidade turística gaúcha.
Britto, que esteve em Gramado (116 km ao norte de Porto Alegre) no sábado passado, disse que não irá mais aos restaurantes enquanto os preços não baixarem. Ele vinha frequentando restaurantes da cidade aos fins-de-semana.
Em maio passado, Britto lançou a campanha publicitária "Rio Grande do Sul, o inverno mais quente do Brasil", com o objetivo de atrair turistas.
O governador disse que os empresários, ao elevarem os preços, não corresponderam ao esforço feito pelo governo. A campanha foi orçada em R$ 500 mil.
O secretário de Turismo de Gramado, Luciano Peccin, disse ontem que as declarações de Britto "foram um pouco fortes". Segundo ele, os proprietários de restaurantes e de hotéis avaliarão a manifestação do governador, que não se dirigiu especificamente a um restaurante ou hotel.
Peccin declarou que existem restaurantes de diversas categorias em Gramado, com os preços variando de R$ 4,50 a cerca de R$ 30,00. Os hotéis, conforme ele, têm preço entre R$ 10,00 e R$ 100,00 por pessoa.
O secretário disse que, como ocorre em cidades como São Paulo e Porto Alegre, por exemplo, existe em Gramado casos de abuso no preço de uma garrafa de vinho. "Um vinho que custa R$ 3,00 no supermercado é vendido a R$ 12,00 no restaurante. Isso tem de ser reavaliado."
Peccin disse não acreditar que as declarações de Britto afastem os turistas da serra. Da próxima sexta-feira até o dia 17 será realizada em Gramado a 24ª edição do Festival de Cinema. A prefeitura estima que a cidade será visitada por 300 mil turistas no inverno.

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