São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996 |
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Brasil lidera insônia mundial
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Quarenta por cento dos brasileiros que vão ao médico reclamam de insônia, segundo estudo publicado na revista "Sleep" e divulgado durante um simpósio internacional patrocinado pela Organização Mundial de Saúde.Segundo o estudo, que acompanhou 26 mil pessoas em 15 países, a porcentagem das pessoas que apresenta distúrbios de sono varia de 7% (no Japão, taxa mais baixa) a 40% (no Brasil, taxa mais alta). "O número de pessoas que relatou o problema pode refletir atitudes culturais diferenciadas acerca do problema", disse o estudo, segundo o qual uma a cada quatro pessoas no mundo sofre de insônia. Segundo Thomas Roth, do Sistema de Saúde Henry Ford para Desordens do Sono, em Detroit (EUA), as mulheres idosas são as mais afetadas. Causas Segundo o estudo, as causas mais comuns para a insônia são artrite, distúrbios psiquiátricos, como depressão, distúrbios comportamentais, como "ser viciado na Internet" e outros ligados a horários, como pessoas que trabalham à noite ou viajam muito. "Acidentes de carro relacionados a fadiga, por exemplo, são 2,5 vezes mais frequentes em pessoas com insônia crônica", disse Roth. O estudo também mostrou que 40% das pessoas que apresentam distúrbios do sono tornam-se alcoólatras ou se automedicam. "Isso pode ser arriscado: o álcool faz perder o sono rapidamente, induzindo algumas pessoas a beber mais, com sérias consequências", disse o pesquisador. Segundo os cientistas, como a maioria dos pacientes tem insônia por diferentes causas, mais de um tratamento pode ser necessário. Mas os pesquisadores alertam que pacientes não devem tomar pílulas para dormir mais de duas vezes por semana. "O uso de pílulas mais de quatro vezes por semana raramente é recomendável". Texto Anterior: Alemanha busca testemunha de Priebke Próximo Texto: Grávida de gêmeos quer abortar 1 feto Índice |
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