São Paulo, quinta-feira, 8 de agosto de 1996 |
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"O governo tem maioria"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Delfim Netto (PPB-SP), disse que o governo criou uma "teoria conspiratória" por ele ter colocado na pauta de votação o projeto da CPI.* Folha - Qual foi a intenção do sr. ao colocar o projeto da CPI na pauta de votação? Delfim Netto - Cumpro o regimento religiosamente. O que ofende o parlamentar é ver sua proposta desconsiderada. Não tem como guardar um projeto na gaveta. É isso que desmoraliza o Congresso. Folha - Qual é o sistema de escolha do relator? Delfim - O primeiro projeto vai para o primeiro deputado do partido de maior bancada. O segundo projeto, para o primeiro deputado da segunda maior bancada etc. Folha - Por que a sessão nem chegou a ser aberta? Delfim - O governo fez obstrução. Algumas pessoas do governo ficam criando uma teoria conspiratória de que a pauta foi feita para colocar o governo em dificuldade. Não é nada disso. Na próxima semana, o governo vota e tem maioria para vencer. Folha - A CPI prejudica o projeto de reeleição de FHC? Delfim - Não tem nada a ver. O governo provou ter maioria. O governo levanta a hipótese de que está com medo de alguma coisa quando não vota. Folha - Qual a opinião do senhor sobre o Proer? Delfim - É uma necessidade. Pode-se discutir a oportunidade do programa, mas o governo tinha a obrigação, e fez bem, em dar o suporte para evitar uma crise no setor financeiro. Texto Anterior: Governistas barram CPI dos Bancos Próximo Texto: Devia ser, mas não é Índice |
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