São Paulo, sexta-feira, 9 de agosto de 1996
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Neto também foi ameaçado

DA REPORTAGEM LOCAL

Os sequestradores do empresário Antônio Alves Barril ameaçaram sequestrar outros familiares caso o resgate não fosse pago.
Segundo Antônio Eduardo Barril, filho do empresário, eles disseram que os netos seriam "os próximos". O sequestradores tinham sotaque paulista.
Eles fizeram mais de cem telefonemas -a maioria da cidade de São Paulo. As ligações foram gravadas pela família. Em várias delas, os sequestradores ameaçam matar o empresário. A polícia não acompanhou os pagamentos dos três resgates.
'Não acreditamos em roubo ou vingança. Meu pai não tinha inimigos", disse o filho, diretor comercial da empresa do pai.
Barril não andava com seguranças e nunca pensou em sequestro. Português, imigrou para o Brasil há 41 anos.
"'Vivemos um momento de angústia, de dúvida. Não consigo imaginar o dia dos pais sem ele (Barril) em casa." Segundo o filho, sua mãe é quem mais sofre com a indefinição do sequestro.
"Ela (Maria Ignácia) tem 67 anos e não aguenta mais essa situação. Queremos qualquer informação, queremos saber se ele está vivo ou morto."
Telefone
A família forneceu um telefone para contatos de possíveis testemunhas e dos sequestradores: (011) 217-4145.
Antes do sequestro de Barril, o mais longo da história do Estado havia sido o do fazendeiro Décio Ribeiro, que começou em 20 de dezembro de 1993.
Ele terminou 76 dias depois com o pagamento de US$ 630 mil de resgate. Ribeiro foi libertado.

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