São Paulo, sexta-feira, 9 de agosto de 1996
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Anfavea não quer alteração

DA REPORTAGEM LOCAL

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) contratou advogados com escritórios em Washington (EUA) e em Genebra (Suíça) para representar a entidade nas negociações sobre o programa automotivo brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A Anfavea diz que é absolutamente contra qualquer alteração na política automotiva.
"Certamente estamos incomodando outros países, nos tornando um concorrente expressivo internacionalmente. Somos um dos poucos mercados crescentes, com um programa arrojado na área de exportações", afirma José Carlos Pinheiro Neto, primeiro vice-presidente da Anfavea.
Ele diz que o confronto gerou a necessidade de contratar especialistas no assunto. "Hoje a idéia é de litígio com esses países," afirma, se referindo também a Coréia do Sul, que deve apoiar o Japão.
Ele diz que qualquer alteração no programa implicaria revisão dos números fixados.
"As montadoras aderiram ao projeto assumindo compromissos de exportação da ordem de US$ 5,6 bilhões e de produção no valor de US$ 18 bilhões até dezembro de 99. Se soubéssemos que a OMC poderá alterar o sistema de cotas tarifárias, os números que contratamos formalmente deveriam ser certamente inferiores." Segundo ele, a necessidade das montadoras de realizar exportações "certamente incomoda muitos países".
Nordeste A Anfavea afirma não ser contra a política de incentivos do governo às montadoras que se instalaram na região Nordeste do país. "Desde que haja instalação completa da linha de montagem e que se mantenha o índice de 60% de nacionalização."

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