São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996
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Grã-Bretanha traz Gary Hume à Bienal

CELSO FIORAVANTE
DA REDAÇÃO

O selecionado oficial da Grã-Bretanha para a próxima Bienal, Gary Hume, surgiu no final da década de 80, associado a um grupo de jovens artistas formados pelo Goldsmiths College, em Londres. Junto com artistas como Ian Davenport e Simon Patterson, Hume participou da mostra "Freeze", organizada por Damien Hirst, em 1988.
Nesse mesmo ano, Hume passa a usar como suportes a fórmica e o MDF (um conglomerado de média densidade), materiais que davam à obra mais brilho e uma densidade escultural.
Em 1991, durante estadia em Roma, Hume se interessa pelo imaginário fascista e produz uma série de colagens figurativas inspiradas em atletas. A inclusão de motivos florais no trabalho transmite um caráter homo-erótico às obras.
São evidentes em sua produção uma remissão à arte pop de Tom Wesselman, por meio do uso e reinterpretação de objetos e ícones do cotidiano; à interpretação matissiana das artes decorativas; e aos grafismos da art nouveau.
São todas informações familiares ao espectador, mas que, da maneira como são reunidas, lhe causam dúvida e desconforto. Para a Bienal, Hume vai trazer oito de seus trabalhos mais recentes.
Universalis
Shirazeh Houshiary, selecionada para a seção Universalis, nasceu em Shiraz, no Irã, mas se transferiu para Londres, onde vive.
Trabalha com formas, cores e elementos de sua herança cultural associados a elementos ocidentais e aos ensinamentos sufistas (o homem como emanação do Divino e seu desejo de reintegrar-se a Ele).

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