São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996
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Nomes dos fraudadores; Só falta fazer; Campanha da Fraternidade; Salários; Contradição; Disparidades; Shakespeare; Sinuca; Lucro com a tragédia; Decepção; Agressão infundada

Nomes dos fraudadores
"Sobre a reportagem publicada pela Folha em 2/8 intitulada 'Auditoria acusa hospitais de irregularidades', o Sindicato dos Hospitais e Santas Casas do Estado de São Paulo (Sindhosp) lembra que as denúncias apresentadas, segundo a Folha, ocorreram no Incor (Instituto do Coração) e Instituto Dante Pazzanese, ambos pertencentes à rede pública de saúde.
Como em 24/7 a reportagem da Folha 'Saúde perde R$ 2 bi com fraudes no SUS' afirma que 'é comum em parte dos 6.200 hospitais conveniados ao SUS cobrar duas vezes por uma consulta quando o paciente tem algum tipo de plano de saúde privado', o Sindhosp continua esperando deste veículo o nome dos hospitais privados que cometem tais irregularidades, visto que 70% da rede conveniada ao SUS pertence à iniciativa privada."
Dante Montagnana, presidente do Sindhosp -Sindicato dos Hospitais e Santas Casas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Fernando Rodrigues e Paulo Silva Pinto - O Ministério da Saúde sabe quais são os hospitais fraudadores. Cabe ao órgão tomar as providências.

Só falta fazer
"Em artigo sobre a industrialização da Zona Leste, o candidato Celso Pitta esqueceu de dizer que a lei que reserva 4 milhões de metros quadrados para a indústria é de nossa autoria (lei 8.211, Pólo Industrial e Ecológico da Zona Leste, de 8 de janeiro de 93).
O atual prefeito, que assumiu em 1º de janeiro de 93, já devia ter feito tudo o que o candidato agora promete."
Roberto Gouveia, deputado estadual pelo PT (São Paulo, SP)

Campanha da Fraternidade
"A notícia sobre a não-participação do coral do Carandiru na gravação da Campanha da Fraternidade 97, publicada no 'Painel' de 8/8, não corresponde à verdade.
Não houve veto da parte das irmãs Paulinas, que há anos vêm cedendo o estúdio gratuitamente para a gravação dos cantos da Campanha da Fraternidade.
Foi um conjunto de fatores -ligados a segurança, horário, falta de tempo hábil para a realização do plano original- que nos fez desistir da idéia.
A não-participação do coral do presídio não foi questão de fazer pouco caso dos organizadores e não diminui em nada a preocupação de qualquer cristão a respeito da situação grave nos nossos presídios."
Joel Postma, frei, assessor da CNBB -Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Brasília, DF)

Salários
"A propósito da reportagem 'Multas vão cobrir salários' (8/8), temos a informar: os salários da Cetesb são cobertos por cotações orçamentárias do governo do Estado de São Paulo.
A receita da Cetesb prevista no orçamento de 1996 é de R$ 15,313 milhões, resultante do sistema de licenciamento (40%), da aplicação de multas (45%) e prestações de serviços na área de saneamento ambiental (15%).
O aumento salarial de 16% oferecido pela companhia é constituído por 8% a partir de maio/96, incluindo reflexos que serão cobrados por crédito suplementar do orçamento vigente, e os restantes 8% a partir do desempenho da receita vinculada às ações corretivas do controle da poluição."
Nelson Nefussi, diretor-presidente da Cetesb -Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (São Paulo, SP)

Contradição
"Em recente editorial a Folha escreveu: 'A batalha contra o informatiquês deve ser travada enquanto é tempo, ou o idioma português correrá o sério risco de tornar-se a mais viva das línguas mortas'.
Surpreendi-me com o editorial publicado no alto da página 2 de 2/8, com o título de 'País desplugado'."
Afonso J.O. Gonçalves (Maceió, AL)

Disparidades
"Eu gostaria de ver o ilustríssimo deputado e colunista desta Folha Roberto Campos defender e explicar a enorme disparidade social existente no Brasil.
Estou cansado de vê-lo tergiversar sobre o atraso que a 'esquerda' trouxe ao progresso no mundo.
Diga-me, ilustríssimo senhor Roberto Campos, quem sucateou a educação, a saúde, os salários etc...?"
Valdécio Silvério Bezerra (São Paulo, SP)

Shakespeare
"Desde o século 18 que a peça 'O Mercador de Veneza' é encenada tendo Shylock como personagem principal.
Embora ele seja claramente o vilão, o objetivo do autor é mostrar que o judeu, apesar disso, é tão humano quanto os cristãos, embora diferente deles.
Essa é a essência da fala mais conhecida da peça ("Hath a Jew not eyes?..."). John Russel Brown, do The Shakespeare Institute, entre outros, por exemplo, é de opinião que a peça não é anti-semita.
Ele está em muito boa companhia, já que essa parece ser a opinião de muitos dos estudiosos de Shakespeare."
Sérgio Pinheiro Lopes (São Paulo, SP)

Sinuca
"Às vezes -será que isso só acontece comigo, meu Deus?- não sei opinar, pois como leio os dois lados, o que é correto, fico no meio da sinuca.
O PAS é bom ou ruim? Globalização! Bom ou ruim? Reeleição! Bom ou ruim? Rodízio de carros! Bom ou ruim? Câmbio flexibilizado! Bom ou ruim?
Será que eu estou ficando louco? Socorro!"
Emerson Rodrigues de Oliveira (Goiânia, GO)

Lucro com a tragédia
"Sem sombra de dúvida, 'pacífico' não é lá a palavra ideal para caracterizar este nosso mundo. Porém, o que está havendo com a Folha? -pergunta já feita por outros leitores.
O jornal, ultimamente, tem lucrado com as tragédias. Como é fácil encontrar logo na primeira página a foto de um homem sendo queimado vivo, por exemplo (6/8).
A verdade deve sempre ser mostrada, mas não dessa forma. Isso é de extremo mau gosto e não deixa de ser uma agressão a quem lê."
Artur Neves Teixeira (Salvador, BA)

Decepção
"Sobre a crítica 'Brasil vira megapotência esportiva na TV', de Xico Sá (28/7): fiquei pasmo e decepcionado com o tratamento e consideração que este jornal tem para com alguns esportes e em especial para com o nosso judô e seus praticantes.
Como pode a Folha menosprezar um atleta como Aurélio Miguel? Por que ironizá-lo dizendo que este teve 15 segundos de Pelé?
A luta do Aurélio Miguel foi vista por mim quando estava nos EUA, e vi também o respeito da mídia americana, se referindo a ele como um 'grande campeão'.
Informo também que pelo nível de reportagens e pela falta de respeito deste conceituado jornal para com nossos campeões estarei pedindo o cancelamento da minha assinatura."
Roberto C. Rolim Valeixo (Curitiba, PR)

Agressão infundada
"O leitor Helio Henrique Lopes Fernandes Lima, em sua infundada agressão ao Banco do Brasil ('Painel do Leitor', 1º/8), revelou-se, isto sim, o autêntico inocente útil da desinformação tendenciosa da mídia fisiológica.
O artigo do excelente jornalista econômico Aloysio Biondi 'O BB e os outros bancos', coincidentemente publicado no mesmo dia 1º pela Folha, esclarece o 'prejuízo de 7,8 bilhões inventado pela equipe FHC/BNDES'.
Outro conceituado jornalista, Janio de Freitas, também já escreveu sobre o 'Falso balanço do BB'."
Nilton J. Kairalla (São Paulo, SP)

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