São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996 |
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Igreja decide vetar participação de candidatos em seus eventos
PATRICIA ZORZAN
A decisão afeta principalmente Celso Pitta (PPB), que vinha participando da distribuição de alimentos patrocinada pela ABC (Associação Beneficente Cristã), entidade filantrópica ligada à igreja. Segundo o deputado federal Wagner Salustiano, coordenador político da Universal no Estado, "a lógica indica que a ABC não convidará mais ninguém". "Não existe nenhuma proibição, mas, a partir do momento em que definimos um candidato, não faz sentido chamar outro." "Para não cometer injustiças", Serra também não será convidado. Em entrevista à Folha, na semana passada, o pastor Ronaldo Didini, presidente da ABC, falou sobre sua disposição em realizar eventos com todos os candidatos. A participação dos políticos no programa "25ª Hora" (Rede Record) também será evitada. "Acho esquisito levá-los para falar na TV logo depois do horário eleitoral", declarou Salustino. Luiza Erundina (PT) e Pitta já estiveram no programa. Ele explicou o apoio da igreja a Serra pela identificação dos evangélicos com o programa de governo do tucano. "Não há troca de favores. Acreditamos na pessoa dele." Conforme levantamentos feitos pela Universal, existem cerca de 600 mil eleitores entre os fiéis da igreja na cidade de São Paulo. "O povo vai saber em quem tem de votar. Nossos pastores têm passado a decisão", disse Salustiano. Segundo ele, isso é suficiente para garantir a adesão em massa dos seguidores da igreja à candidatura do PSDB. "Nosso povo é fiel. Elegemos até poste." Texto Anterior: Procuradoria retém representação Próximo Texto: Atlanta e Tiririca Índice |
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