São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mulher tem de aceitar salário mais baixo

DA REPORTAGEM LOCAL

As mulheres que se ausentaram da profissão por mais de cinco anos precisam lutar em dobro para conseguir um bom emprego.
Muitas vezes também não podem negociar o salário oferecido e acabam aceitando um cargo inferior ao que ocupavam no passado.
"A profissional que está de volta ao trabalho precisa conviver com uma baixa remuneração", diz Maria Cristina Funck, 43, gerente da consultoria de RH (recursos humanos) da consultoria KPMG.
"Só depois de algum tempo é que ela vai tendo aumento salarial. No começo é difícil mesmo."
"Quem fica mais de cinco anos distante das empresas deve ter claras as suas aptidões e como isso pode ser desenvolvido."
A opinião é de Heloísa de Ulhoa Cintra, 42, diretora da consultoria Benatti e Associados, de São Paulo, especializada em contratação e recolocação de secretárias.
"Também não se deve esperar um salário alto ou mesmo médio. Infelizmente, é preciso se submeter ao que é oferecido."
Exceção
Para toda regra há exceções. Marlise Dwck, 27, que ficou quatro anos sem trabalhar, conseguiu emprego assim que decidiu retornar à profissão, há três meses.
É secretária de diretoria na Bamberg Consultores de Imóveis. Ganha R$ 1.200. "Ajudou muito falar alemão e ser comunicativa."
"Fiquei em casa cuidando dos meus filhos, mas, por questões financeiras, resolvi procurar trabalho. Não estranhei muito a volta, mas às vezes dá saudade das crianças e das tarefas domésticas."

Texto Anterior: Empresários falidos retomam a profissão
Próximo Texto: Japão tem 30 vagas na área agropecuária
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.