São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996 |
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MEC ignorava semelhanças
DA AGÊNCIA FOLHA Ruy Berger, diretor da Secretaria de Educação Média e Tecnológica do MEC disse que não tinha conhecimento de que os dois planos são cópias quase idênticas."Eles devem ter sido analisados por diferentes assessores da secretaria." Berger afirmou que só foi informado do repasse do trabalho para a Telesoft depois que já havia sido feito. "Não considero que os projetos sejam idênticos", diz Paulo Milet, 43, diretor-presidente da Telesoft. Para ele, os projetos são "semelhantes" porque se dirigem a duas escolas com perfis parecidos. Henrique de Aquino Filho, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) mato-grossense, disse que não houve qualquer ilegalidade no desenvolvimento do projeto. Ele afirmou que, como o IEL não tem pessoal para executá-lo, houve o repasse para a Telesoft, "que faz consultoria e detém tecnologia nessa área". "Eu não tenho conhecimento do projeto da escola do Espírito Santo", disse Josdyr Vilharga, 40, diretor da Escola Técnica Federal do Mato Grosso (ETF-MT), sobre a semelhança dos dois projetos. "O nosso projeto deve ter servido como modelo, já que foi elaborado antes." Vilharga disse que o convênio foi firmado com o IEL-MT "por falta de pessoal capacitado na escola para realizar o trabalho". O superintendente do IEL-ES, Benildo Benadai, afirmou que não sabia que os projetos da ETF-ES e da ETF-MT eram semelhantes. "Nós repassamos parte do trabalho para a Telesoft." Ele não soube precisar o que foi repassado. Texto Anterior: Reforma de escola técnica é investigada Índice |
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