São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996![]() |
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SP 'encosta' médicos em escolas
FERNANDO ROSSETTI
São médicos, dentistas, auxiliares de enfermagem, técnicos -como operadores de raio X- que não quiseram aderir ao PAS (plano de atendimento à saúde criado pela administração Maluf). Foram transferidos da Secretaria da Saúde para a de Educação, contra sua própria vontade. A medida vem criando situações inusitadas. Há duas semanas, quando visitou uma escola municipal na periferia norte da cidade, a reportagem da Folha encontrou três desses profissionais sentados na quadra esportiva, conversando, sem ter o que fazer. Cada um recebe um salário de cerca de R$ 1.500. O medo de novas punições da prefeitura faz com que os diretores peçam que a reportagem nem sequer cite o nome de suas escolas. "Eu fico angustiada que um profissional desses seja tirado dos postos de saúde. A gente acaba sendo conivente com o desvio de função", diz uma diretora. "É uma medida vexatória, humilhante. O que eu sei fazer é operação de boca e rosto, em situações de emergência. Há mais de dez anos não trabalho com criança", afirma Carlos Henrique Ueb, 35, que trabalhava no Hospital Ermelino Matarazzo e agora está na Escola Municipal Octávio Pereira Lopes (zona norte de São Paulo). Segundo a chefe da Assessoria Técnica de Planejamento da SME, Angela Maria Oliveira Melo, estão prontas as diretrizes do programa de treinamento desse pessoal. "Eles vão trabalhar na área educativa e preventiva, já que o tratamento curativo deve ser feito na Secretaria da Saúde", diz. (FR) Texto Anterior: USP faz homenagem a Florestan Fernandes; Antártida; Software; Ensino superior Próximo Texto: Agosto lidera reclamação sobre eletrônicos Índice |
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