São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996
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Há muitos partidos e poucas correntes de pensamento

A inflação de siglas é tema da segunda reportagem da série

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

São 30 os partidos aptos a disputar as eleições de 3 de outubro. Parece muito e, de fato, é: não há correntes de pensamento tão diferentes entre si que justificassem tantas siglas.
Sinal disso é que pouco mais da metade desses partidos têm representantes no Congresso Nacional. E mais: as sete maiores siglas concentram cerca de 90% das vagas de deputados federais e senadores.
O que determina essa inflação de partidos são as conveniências pessoais, eleitorais e regionais dos políticos, além da legislação.
Essa profusão de partidos não aconteceu de uma hora para outra. A sopa de letrinhas em que se transformou o quadro partidário foi sendo cozida aos poucos.
Quase todos os partidos atuais se formaram a partir de ramificações das duas siglas nascidas durante o regime militar: o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que representava a oposição, e a Aliança Renovadora Nacional (Arena), a situação.
Até então, haviam vários partidos. O governo militar extinguiu todos e criou o bipartidarismo. Isso durou até a década de 80, quando voltou o pluripartidarismo e começaram a surgir as siglas que existem até hoje.

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