São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996
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Droga pode matar por parada cardíaca

DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo o diretor do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos) Marco Antonio Paula Santos, 41, não há registro de apreensão da droga nos últimos dez anos.
Isso não significa que a droga não circule no país. Alguns poucos casos de dependentes têm chegado às clínicas de São Paulo.
Segundo a responsável pela Seção de Convênios e Encaminhamento do Denarc, Sonia Maria Borges Depieri, 50, o departamento registrou quatro casos no final de 94. Os dependentes tinham entre 19 e 24 anos.
Na última década, a Clínica Greenwood, por exemplo, atendeu dez casos.
Segundo os médicos, a maioria conhece a droga em viagens ao exterior, e muitos, ao voltar ao Brasil, substituem a heroína pela cocaína.
Segundo o psiquiatra Sergio dario Seibel, 51, doutor na área de dependência química pela Unicamp (Universidade de Campinas), a droga atua no sistema nervoso central, produzindo sonolência, alterações do humor e confusão mental.
O usuário tem sensação de sonolência, dificuldade de raciocínio, apatia e diminuição de atividade física.
A náusea é comum, e também podem ocorrer vômitos. Com o aumento da dose, os efeitos tóxicos se tornam mais pronunciados, incluindo a depressão respiratória e frequentemente a morte por parada respiratória.

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