São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996 |
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"Stomp" tira som de objetos cotidianos
OTÁVIO DIAS
"Stomp" não é dança, não é teatro, não é um musical. É um show de percussão e ritmo criado a partir da sonoridade de objetos do cotidiano. São oito "performers" que, durante cerca de 1h30, "tiram som" de tudo o que encontram pela frente: vassouras, latas, panelas, caixas de fósforo e, claro, de seus próprios corpos. "Stomp" é também um achado visual. Objetos banais, de uso diário, adquirem novas características, ganham formatos inusitados. É assim, por exemplo, na cena em que os atores/músicos/bailarinos entram no palco com pias de metal penduradas nos ombros para lavar louça. Dos pratos, panelas e da água, fazem música. Outro exemplo de como se pode criar um som a partir de nada é o momento em que o grupo se junta para ler jornal. Do virar das páginas, das manias de leitura de cada um, surge um ritmo. O elenco de "Stomp" -que inclui dois brasileiros, a carioca Maria Emilia Breyer e o baiano Davi Vieira- também tem atitude. Relacionam-se bem em cena, sabem jogar com o público, mostram, cada um, personalidade própria. "Você pode ensinar alguém a batucar. E também a atuar. Mas não é possível ensinar alguém a ter carisma", diz Luke Crenwell. "Stomp" estreou em Londres em 1991. Fez sucesso, começou a correr o mundo. Em 94, uma segunda companhia foi criada em Nova York. Esta é a primeira turnê de "Stomp" pela América Latina. O grupo já se apresentou em Santiago, no Chile. Fica em São Paulo até domingo. Na próxima semana, apresenta-se no teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Show: Stomp Onde: Teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, centro, tel. 288-0136) Quando: de hoje a sexta, 21h; sáb e dom, 16h e 20h Quanto: R$ 40,00 e R$ 50,00 Texto Anterior: Mercosul Cultural traz argentino Próximo Texto: Australianos sapateiam às últimas consequências Índice |
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