São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996 |
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Kemp se torna nome forte para 2000
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Não importa qual venha a ser o resultado das urnas em novembro, Kemp se tornou uma figura política nacional e aspirante natural à Presidência em 2000 quando o candidato da oposição deste ano, Bob Dole, o escolheu anteontem como companheiro de chapa. Se o seu partido, o Republicano, reconquistar a Casa Branca, ele será o vice-presidente de Dole, 73, que prometeu não se candidatar à reeleição daqui a quatro anos, devido à idade. Se Bill Clinton for reeleito, Kemp se tornará o único líder viável dos republicanos para a virada do século. Kemp, 61, é um político respeitado por todos em Washington, onde passou 18 anos na Câmara como representante do Estado de Nova York e quatro como secretário da Habitação do governo Bush. É dos poucos de quem se pode dizer que põem os princípios acima dos interesses pessoais. Pode-se discordar de seus princípios, mas não se pode acusar Kemp de sacrificá-los por pouco. Conquistou a fama de independente dos casuísmos com sua atuação no Congresso e no Executivo. Muitas vezes ficou isolado e perdeu chances de subir na carreira política. Agora é capaz de atrair eleitores improváveis para um republicano conservador, por exemplo entre imigrantes, negros e sindicalistas. Futebol americano Kemp nasceu na Califórnia, Costa Oeste dos EUA, filho de um pequeno empresário do setor de transportes. Estudou educação física e resolveu se tornar jogador profissional de futebol americano. Após tentativas malsucedidas em diversos times, foi contratado pelo Buffalo Bills, de Nova York. Ali, fez sucesso. Foi bicampeão nacional, se tornou um ídolo e começou a se interessar por política na condição de líder sindical dos jogadores. Quando se aposentou do esporte, em 1970, se elegeu para a Câmara pela primeira vez. Foi assessor de Ronald Reagan no governo da Califórnia. Em 1988, disputou com George Bush (vencedor) e Bob Dole a candidatura presidencial republicana. Este ano, apoiou Steve Forbes contra Dole, seu desafeto de dez anos. Apesar das trocas de ofensas políticas no passado, Dole convidou Kemp para vice por saber que ele era o único capaz de dar fôlego à sua claudicante campanha. Texto Anterior: Choque na fronteira cipriota mata um Próximo Texto: Partido de Perot faz convenção Índice |
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