São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 1996 |
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CORRIDA ELEITORAL Os resultados das últimas pesquisas eleitorais provocaram uma verdadeira reviravolta nas estratégias da maioria dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. A surpreendente ascensão do candidato malufista, Celso Pitta, e as quedas, em maior ou menor grau, constatadas nas demais candidaturas devem levar a uma mudança nas campanhas. A equipe de José Serra já anunciou que vai levantar um dossiê contra Pitta. Há informações de que Francisco Rossi também poderá adotar uma mudança de estratégia, devendo agora investir menos em promessas e mais na divulgação de seu perfil. O PT de Luiza Erundina também avalia se vai alterar a tônica da campanha. O fato concreto é que a máquina malufista -muita propaganda com um tempo prolongado na TV e nas rádios e uma verdadeira procissão de inauguração de obras- parece estar surtindo efeitos. Abre-se assim uma espécie de segundo "round" nas campanhas. Pitta deverá ser alvo de críticas mais pesadas. Erundina ainda está numa situação de empate técnico com Pitta, mas sua tendência é declinante ao passo que a do rival é ascendente. A candidatura de Serra parece até agora não ter despertado o interesse dos paulistanos, em que pese o apoio dos governos federal e estadual. Os altos níveis de desemprego e de arrocho creditício também parecem prejudicar a ascensão do ex-ministro. O que é certo é que com a divulgação das novas pesquisas a maioria das equipes de campanha deverão reavaliar sua atuação e, assim, deverá haver mudanças. Pitta, evidentemente, deverá manter a mesma linha. Maluf, diferentemente do que muitos analistas consideravam, está conseguindo converter uma figura sem luz própria como Pitta num candidato com boas chances de conquistar o cargo de prefeito. Mas, como sugere o bom senso, é preciso lembrar que pesquisas retratam apenas um instante da corrida eleitoral. Daqui até outubro muita coisa ainda pode mudar. Próximo Texto: DÍVIDA SOCIAL Índice |
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