São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 1996
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Esclarecimentos; Custo humano; Parcialismo; Didatismo; Tarifas bancárias; Heterofobia; Darcy Ribeiro; Aborrecimento; Justiça do Trabalho

Esclarecimentos
"Tendo em vista declarações do governador Mário Covas, pedimos a publicação dos seguintes esclarecimentos:
O Supremo Tribunal Federal já julgou que o Tribunal de Justiça é competente para apurar a diferença no pagamento dos precatórios e requisitar a complementação no prazo de 90 dias.
O índice questionado pelo governo, referente a janeiro/fevereiro/89 (70,28%), é o mesmo usado para indexar a Ufesp de março de 1989, que serve para a cobrança de impostos e débitos judiciais a favor do governo.
Não está havendo obediência à lei, e muito menos à Constituição, porque os precatórios do orçamento de 1994 ainda não foram pagos, a verba orçamentária empenhada em 1995 foi desviada e os poucos pagamentos que estão sendo feitos também não estão sendo atualizados como manda a Constituição e a determinação do Supremo Tribunal Federal."
José Mario Pimentel de Assis Moura, presidente da Abracap -Associação Brasileira dos Advogados de Credores da Administração Pública (São Paulo, SP)

Custo humano
"No artigo de 18/7 Aloysio Biondi faz uma correta análise do custo para o país dos brinquedos baratos que tanto os consumidores desejam.
Para completar essa análise, é necessário também alertar o consumidor para o custo humano da fabricação desses brinquedos.
Para cada Lyon King, Pocahontas ou Barbie há um custo social. Estou falando da exploração do trabalho infantil e feminino provenientes de áreas rurais em países como Tailândia, China e outros aspirantes a 'tigres'."
Eloy Casagrande Jr. (Nottingham, Reino Unido)

Parcialismo
"Revolta-me ver o parcialismo da cobertura nas eleições de São Paulo. Na edição de 12/8, a superstar Luiza Erundina aparece em três fotos e em situações positivas.
Já o prefeito Maluf aparece comendo cachorro-quente e o ex-ministro Serra, saindo do banheiro.
Ora, ora, assim não é possível. O coração da Folha continua petista."
Antonio Ribeiro de Almeida (Uberlândia, MG)

Didatismo
"Parabéns a Carlos Heitor Cony pelo artigo de 12/8.
É uma pena que tal didatismo não faça parte do currículo da Sorbonne, pois nossos altos magistrados, ao que parece, não falam português, não vivem no Brasil e não lêem a Folha."
Lauro Ney Batista (São José dos Campos, SP)

Tarifas bancárias
"Leitora desta Folha há 21 anos, esta é a primeira vez que sinto certo desinteresse deste jornal em abordar um tema como o do 'liberou geral' no tocante às tarifas bancárias, que dizem tão de perto a nós classe média, que, em última análise, formamos o cerne de seus leitores."
Regina Toledo Pisa Gassibi (São Paulo, SP)

Heterofobia
"Apesar de vivermos numa democracia, o sr. Luiz Mott se sente incomodado com ela. Parece que, para ele, todos os que discordam de suas idéias devem ser satanizados.
Seu artigo 'O corifeu da homofobia' chega às raias do ridículo, tal o tom passional empregado.
Pior do que a homofobia, que o sr. Luiz Mott diz querer erradicar, é a sua heterofobia e a sua intransigência com os divergentes."
Rodrigo de Lima Ferreira (Belo Horizonte, MG)

Darcy Ribeiro
"De seus redatores, a Folha exige curso superior, conhecimento de duas ou mais línguas. Isso sem falar em uma irreprochável postura ética. No entanto, abriga entre seus colaboradores Darcy Ribeiro.
O senador, que além de ser monoglota não tem curso superior, goza de três aposentadorias federais, uma delas pela Universidade de Brasília (UnB), onde nunca teve um só aluno e com a qual jamais teve vínculo de emprego.
É o que tem afirmado neste jornal José Carlos de Almeida Azevedo, ex-reitor da UnB. A crermos nas denúncias do ex-reitor -e não vemos como delas duvidar, já que Darcy Ribeiro não o contesta nem o processa-, o senador-marajá é um dos maiores embusteiros da vida cultural brasileira.
Leitores, como ficamos? É como se a Folha, defensora incondicional da moralidade nos costumes políticos, nos recomendasse em página nobre a leitura de um escrevinhador que fez carreira apoiado na mentira e na corrupção. Que tal entrevistá-lo para que conteste -ou confirme- o ex-reitor Azevedo?"
Janer Cristaldo, tradutor e jornalista (São Paulo, SP)

"Leio no 'Painel do Leitor' de 20/7 que o sentimento de frustração dos intelectuais da ditadura ainda é muito forte.
Seu autor, sr. José Carlos de Almeida Azevedo, ex-reitor da Universidade de Brasília, até hoje não digeriu que Darcy Ribeiro, que tem 'apenas o diploma ginasial', atingisse um lastro cultural que lhe permitiu a criação da Universidade de Brasília, da qual o obscuro senhor veio a ser reitor por imposição da ditadura.
Gostaríamos que o letrado ex-reitor publicasse o seu currículo a fim de aferirmos a sua contribuição à inteligência brasileira."
Ediane Albano (Rio de Janeiro, RJ)

Aborrecimento
"Vem me causando aborrecimento o fato de os cadernos fecharem muito cedo!
É comum acontecer um fato na parte da tarde e os leitores não terem a notícia no dia seguinte. Na edição de domingo isso é justificável, mas não o é durante a semana."
Marcelo Barbosa Martins (Campo Grande, MS)

Justiça do Trabalho
"Sobre a carta do sr. Jeronimo Augusto Gomes Alves ('Painel do Leitor', 3/8), mencionando a ausência de meu nome em listas de promoção, o que justificaria um ressentimento contra a representação classista: esclareço que não posso integrar listas de promoção por não ter ainda a antiguidade na carreira exigida constitucionalmente para tal fim.
O que desejo, junto com os demais juízes togados, é libertar a Justiça do Trabalho do fisiologismo inerente ao juizado classista, a fim de permitir sua atuação independente e imparcial como órgão do Poder Judiciário."
Pedro Carlos Sampaio Garcia, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região (São Paulo, SP)

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