São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 1996 |
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Ministro decide se fica, diz FHC
MS E DF
Abalado com a morte de um operário atropelado por seu filho Fabrício, o ministro informou, por meio de sua assessoria, que não vai pedir demissão. Klein relatou o acidente a FHC na segunda-feira à noite, com dois dias de atraso. Na ocasião, o presidente não pediu para que se afastasse do cargo e considerou o caso uma "fatalidade". A permanência do ministro no cargo está dependendo, porém, das pressões da opinião pública já detectadas no Palácio do Planalto. O principal complicador no episódio é o fato de o ministro -que estava com o filho na hora do acidente- não ter prestado socorro à vítima nem procurado a polícia. "Só ao ministro cabe avaliar se as circunstâncias desse acidente comprometem ou não o exercício de sua função", afirmou na noite de ontem o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral. "O presidente não é uma autoridade policial nem judiciária. Houve um acidente na vida pessoal do ministro e não no seu cargo funcional", completou. Ontem, o ministro voltou a telefonar para FHC. O presidente manteve a avaliação de que o acidente não atinge a imagem do governo nem compromete a ação administrativa de Klein à frente da pasta dos Transportes. Apoio Um dos quatro representantes do PMDB no ministério de FHC, Odacir Klein recebeu ontem o apoio da cúpula de seu partido para permanecer no cargo. O líder do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP), foi ao apartamento do ministro e classificou de "fundamental" para o partido que ele fique no cargo. Segundo o líder, Klein está abalado psicologicamente, mas não administrativa ou politicamente. "Ele vai permanecer e em nenhum momento cogitou de sair do cargo", relatou. Por telefone, o líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho (PA), endossou o apoio e recomendou: "Aguente firme". O senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), relator do novo código de trânsito, fugiu ao coro e sugeriu que Klein renunciasse. Segundo a assessoria do ministro, Klein recebeu ontem cerca de 60 telefonemas e faxes de apoio de governadores, deputados, senadores e ministros. Texto Anterior: Advogado culpa a polícia Próximo Texto: Família quer indenização Índice |
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