São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Um ano esquisitão
THALES DE MENEZES
Vamos à lista de peculiaridades de 1996: Pete Sampras continua no posto de melhor tenista do mundo. Agora, alguém é capaz de lembrar quando foi sua última grande conquista? Pois é, Sampras está fazendo uma temporada apagadíssima. Para se ter um idéia, o tenista que já venceu nove torneios e ganhou US$ 4 milhões numa única temporada ainda não passou de dois títulos e US$ 867 mil em 1996. Como Sampras continua no topo? A razão é a grande distribuição de títulos na temporada. Há muitos tenistas vencendo poucos torneios cada. No último fim-de-semana, o norte-americano Michael Chang passou a ser o quinto tenista a superar US$ 1 milhão em prêmios neste ano. Numa outra situação curiosa, o ranking dos tenistas que mais faturaram no ano está bem diferente do ranking de pontos da ATP. Sampras, por exemplo, é apenas o sétimo tenista a ganhar mais dinheiro em 96. O líder em prêmios é o russo Yevgeny Kafelnikov, que já ganhou US$ 1,6 milhão e é o quarto no ranking da ATP. Atrás dele estão o austríaco Thomas Muster (segundo na ATP), com US$ 1,36 milhão, e o holandês Richard Krajicek (oitavo), com US$ 1,14 milhão. É uma situação nova no circuito. Em 92, por exemplo, Jim Courier era o número um na ATP e faturou US$ 3 milhões. Em 93, Sampras chegou aos US$ 4 milhões, recorde na história. Se Sampras não vencer o US Open, há chance de que o ano termine com um tenista no topo do ranking e sem título do Grand Slam. É como um piloto ganhar o campeonato de Fórmula 1 sem vencer uma prova. Wimbledon e a Olimpíada mostraram que, no cenário do tênis, 1996 é o ano da zebra. Texto Anterior: Salto de potência não chegará até 2004 Próximo Texto: Como vinho; Mudou a bolinha Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |