São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996
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Família de Adriana quer fazer outdoor

DA REPORTAGEM LOCAL

A família da estudante Adriana Ciola, morta durante um assalto à choperia Bodega na madrugada do último sábado, estuda a possibilidade de confeccionar um outdoor contra a violência na cidade.
A advogada Ligia Ciola, irmã de Adriana, afirmou ontem que vai tentar entrar em contato com as famílias de José Renato Talan, Rodrigo Fabiano Iandoli, Clécio Roberto Bezerra da Silva e Valtemir Moreira de Almeida -todos mortos a tiros recentemente-, para pedir que autorizem a inclusão das fotos dessas vítimas no cartaz.
"Se fizermos o outdoor, tem de ser com todo mundo, não só a minha irmã. A idéia é entrar em contato com as famílias para saber se todas concordam."
O outdoor teria também uma frase do tipo "chega de violência". A idéia já ganhou o apoio de Renato Francisco Iandoli, pai do estudante Rodrigo, morto domingo.
"Eu faço qualquer coisa. Quero ajudar e contribuir para que não aconteça com outras famílias. Sou favorável ao outdoor. É só vir falar com a gente para saber como vamos fazer", afirmou.
Campanha
São Paulo teve uma "campanha pelo desarmamento nacional" em 1995. A iniciativa foi da jornalista Regina Lemos, que teve o marido assassinado em um bar do Itaim (zona sul), em junho de 1994.
Ao intervir numa discussão entre três rapazes e algumas moças, o publicitário Antonio Carlos Patrício Valério, 33, foi morto com um tiro. O assassino, Clibas Cortez, na época com 18 anos, continua foragido e ainda não foi julgado.
Regina diz estar disposta a sair às ruas novamente. "Mas é preciso uma organização maior, uma mobilização mais ampla."
CPI
Os 15 deputados estaduais da bancada do PMDB requereram ontem a criação de uma CPI para investigar o aumento da criminalidade na Grande São Paulo.

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