São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996
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Chile usa sistema há dez anos para controlar poluição

DA REPORTAGEM LOCAL

Em Santiago, no Chile, o rodízio foi adotado como medida provisória em 1986. Até hoje, é repetido todos os anos, durante o inverno.
"Nossas condições de dispersão de poluentes são péssimas. A cidade fica entre a Cordilheira dos Andes e a serra do litoral e vira uma espécie de panela", conta Nuncio Lama Nuñes, diretor do Centro de Controle de Poluição Veicular do Ministério dos Transportes.
"Quando chega o inverno, a inversão térmica funciona como a tampa da panela."
A operação de Santiago funciona como a de São Paulo, no tocante à divisão dos carros. Dois finais ficam proibidos a cada dia da semana.
Os critérios para exceção são diferentes. Entram todos os veículos, exceto os de serviços essenciais, desde que não usem tecnologia que reduza os níveis de emissão de poluentes.
Selo Verde
Caminhões e até ônibus de transporte coletivo também são impedidos de circular, a menos que tenham o chamado selo verde -que é colado no pára-brisa do veículo e indica que foi aprovado em inspeção.
"Nossos padrões são rigorosos, semelhantes aos usados nos Estados Unidos", conta Nuñes. "Um carro brasileiro, mesmo com catalisador, não ganharia o selo verde."
A cidade também adota reforço do rodízio em situações em que o elevado nível de poluentes representa situação de emergência ou pré-emergência. Nesses casos, mais dois finais são impedidos de circular.
"A poluição deixou de aumentar, mas não diminuiu. O rodízio preventivo ainda é indispensável", afirma o diretor.

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